segunda-feira, 29 de abril de 2019

INDÍGENAS DA REGIÃO SUDESTE - ARTIGO DE SOCIOLOGIA

Secretaria de Educação do Estado da Bahia
Colégio Estadual Professor Edilson Souto Freire
Dias D’Ávila - BA

INDÍGENAS DA REGIÃO SUDESTE


Aluno(s): Alana Rigaud, Ariadne Melo, Brenda Severo, Eduarda Mascarenhas, Juliana Calmon, Kleber Albuquerque, Marcele Alves,
Tiffany Sena, Yasmim Rosa.


Resumo:
Este artigo fala sobre os indígenas do estado de São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo e  Rio de Janeiro. Relata como eles têm vivido atualmente, como têm sido para os mesmos conseguirem preservar a sua cultura, o seu envolvimento com a política, e os direitos que antigamente não tinham , muitas tribos têm se aproximado de escolas, saúde pública, entre outros.


Palavras-chave: Terras - línguas - situações da terra - como vivem - onde se localizam - política.

Introdução:
Este artigo aborda de que forma os índios da região sudeste vive atualmente, traz uma ampla visão do modo de vida deles, o envolvimento com a política, a preservação da sua cultura, também como a entrada dos indígenas em escolas, entre outros.


Desenvolvimento:
Na região sudeste cerca de 17.5% da população indígena não fala a língua portuguesa.
As respectivas línguas mais faladas são: Maxakali, Capoxo, Monoxó, Tupi, e Tupi-guarani.
Os povos predominantes no Rio de Janeiro são os Tupi - Guarani do subgrupo Mbya, falantes da língua Tupi.
Em 1996 a terra indígena Guarani de  Bracuí, localizada no município de Angra dos Reis, a Terra Indígena Araponga e a  Terra Indígena Parati-Mirim localizadas no município de Paraty, tiveram o processo de demarcação concluído e foram homologados pelo governo federal, foram também reconhecidas oficialmente como terras tradicionais dos povos guarani.
Em São Paulo cerca de 37.915 povos indígenas vivem no espaço urbano. São totalizadas 30 terras indígenas nesse estado que já contam com algum tipo de reconhecimento por parte do governo. A concentração dessas terras é dada no litoral e no Vale do Ribeira e a sua  população é composta pelos Guarani Mbya e Tupi Guarani (Nãndeva).
Tais áreas formam aproximadamente 48.771,3316 hectares localizados na área da Mata Atlântica, que contribui bastante com a preservação do meio-ambiente. Porém, somente 14 são regularizadas, e as demais encontram-se na fase inicial do processo de demarcação.
Os Indígenas foram os primeiros habitantes do Brasil, são os povos que mais lutam para a proteção do meio ambiente e ainda assim, a situação de demarcação das terras indígenas, geram conflitos e descaso por parte de autoridades públicas, fazendeiros e da sociedade. Os povos Xakriabá, tem a população em 10 mil habitantes, estão presente em São João das Missões, Norte de Minas. Vem lutando desde 2012 para conseguir demarcar o território, resultando em diversos conflitos com fazendeiros.
Os Kaxixó (Martinho Campos-MG) tem relatório de identificação das terras, embora até hoje não tem essas terras delimitadas.
Os povos Aranã (Virgem da Lapa-MG), sofrem ameaças, pelos impactos ambientais causados por monocultura de Eucaliptos, eles denunciaram, porém ainda são ameaçados a perder o território.
Entre os três povos citados anteriormente, existem outros grupos, como:
Os Krenak, com reserva de 4.039 hectares (município de Resplendor);
Os Maxakali, reserva de Água Boa e Pradinho (município de Bertópolis e Santa Helena de Minas);
Pankararu, reserva: Fazenda Alagadiço-62 hectares;
Pataxó com reserva de terras indígenas e xacriabá rancharia-46 mil  hectares;
Xucuru Kariri com reserva de Fazenda Boa Vista-100 hectares (município de Caldas)
Os índios, lutam para sobreviver nas reservas, em meio a confrontos com fazendeiros e a pouca ajuda dos governos, resistência é a palavra que sustenta esses povos.
No Espírito Santo, existem duas etnias, os Tupinikim ou Tupiniquim e   Guarani Mbya, no município de Aracruz. Os Tupiniquim lutam há décadas por terras, sempre com conflitos como também fazem manifestações exigindo seus direitos. Esses índios buscam reivindicar 11 mil hectares de terras, que estão nas mãos da companhia de produção de celulose.
É lamentável a situação dos índios nos dias de hoje, depois de tanta luta e guerras no passado, podemos observar que sofrem por lutar pelos seus direitos e para proteger a natureza contra o desmatamento, queimadas e todos impactos ambientais causados pelo homem. As pessoas tem muito o que aprender com os índios, para uma sociedade mais justa.



Um dos grandes desafios para muitos desses povos é encontrar um equilíbrio entre a necessidade de preservar a própria cultura e a de se adaptar às mudanças no mundo. Em muitas aldeias já é possível encontrar o uso da tecnologia, como por exemplo, televisão, celular, notebooks, entre outros.

Não é que o índio deve ficar pelado, fumando cachimbo, o índio também evolui. Deve-se usar o celular, mas minha crítica sobre o uso do celular é para todo mundo, é uma questão de consciência. Todo mundo está jogando tudo em cima do celular, a internet dita o que devemos fazer com a nossa vida, afirma José Carlos.

Enquanto os indígenas mais velhos buscam a preservação dos antigos costumes.

As grandes cidades oferecem muitas facilidades, oferecem shopping, tênis, celular de última geração, e até as crianças de hoje em dia não querem mais saber de brincar na rua. O que se esperar de uma sociedade assim?, observa o músico.

A Aldeia Tenondé-Porã está localizada em Parelheiros, zona Sul de São Paulo, a Aldeia foi criada em 1987 com a intenção de abrigar 800 indígenas. Na mesma, a comunicação entre os índios é sempre feita em guarani, sua primeira língua, e posteriormente eles aprendem o português para que possam se comunicar com os visitantes.
O Centro de Educação e Cultura Indígena Tenondé Porã (CECI) surgiu como uma exigência do governo para que as crianças da tribo não ficassem sem estudar. De acordo com o coordenador, os livros de história mal são usados, porque neles é mostrado apenas o ponto de vista do colonizadoCentro de Educação e Cultura Indígena Tenondé-Porã.

Os livros de história não falam que os bandeirantes mataram os índios para serem grandes hoje. Eles contribuíram para a perda de várias culturas indígenas, a morte de várias línguas e também houve a imposição da igreja nas comunidades - explica Adriano.

De acordo com a Lei nº 11.645, de 20 de dezembro de 1996, é obrigatório o estudo da história da cultura afro-brasileira e indígena no ensino fundamental e ensino médio nas escolas públicas e privadas, para ressaltar a importância dessas culturas na formação da sociedade brasileira, mas, na prática, a lei não é aplicada como deveria.
Poucas escolas retratam o sofrimento e a luta indígena. Os livros reforçam uma imagem estereotipada dos indígenas e os mostra como pessoas que trocaram todas as suas riquezas por um espelho, que não possuíam alma por não serem catequizados, e que viviam preguiçosamente.

Por legislação as terras indígenas são classificadas das seguintes formas:
Terras tradicionalmente ocupadas são tratadas pelo artigo 231 da Constituição Federal de 1988;
As reservas indígenas são terras que também pertencem ao patrimônio da União, mas não se confundem com as terras de ocupação tradicional;
Terras Dominiais são aquelas de propriedade das comunidades indígenas, por qualquer forma de aquisição ou domínio, por legislação civil;
Já as terras interditadas são áreas interditadas pela FUNAI para a proteção dos povos e grupos indígenas isolados.

FASE DO PROCESSO
QTDE
DELIMITADA
44
DECLARADA
73
HOMOLOGADA
13
REGULARIZADA
436
TOTAL
566


EM ESTUDO
116

Na busca de equilíbrio e força, a FUNAI  ( Fundação Nacional do Índio Órgão do governo) apoia o processo de participação dos povos indígenas com objetivo de possibilitar a discussão dos seus direitos e garantias com medidas é intervenção.
A proposta de criação de um Conselho Nacional de Política Indígenas para consolidar o espaço de participação indígenas foi deliberado a atual Comoção Nacional de Política Indígenas, foi a principal reivindicação dos povos indígenas na atualidade . Esse espaço de participação social deverão o direito de escolher suas próprias prioridade principalmente é respeito em que ele afeta as suas vidas, como crença, instituição de bem-estar espiritual.
O governo deverão zelar para que sempre que for possível sejam efetuados estudo juntos aos povos interessados e a valia a incidência social, espiritual e cultural.
Conselhos Nacionais de Educação Escolar e Educação Escolar Indígena, de Saúde e de Saúde indígena, de Segurança Alimentar, de Política Cultural, de Promoção da Igualdade Racial de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, de Juventude, dos Direitos da Mulher, dos Direitos da Criança e do Adolescente, entre outros com Conselhos de meio Ambiente

Muitos espaços de participação replicam-se em âmbito estadual e municipal e devem imaginar a participação indígena para garantir que os modos de vida indígena sejam reconhecidos, respeitados, e valorizados e considerados pelas políticas públicas que desenvolvem em todas as esferas.


Conclusão:
O movimento ‘’Abril Indígena’’ é uma mobilização dos povos indígenas de todo o país na luta por seus direitos e pela demarcação de terras.
Os Indígenas têm lutado desde o início da descoberta de suas terras até os dias atuais, podemos perceber suas lutas diárias sendo mostradas em jornais, revistas, até mesmo pela internet.
Muitas etnias estão reunidas em um movimento chamado ‘Terra Livre’’ que tem como objetivo defender e reivindicar os seus direitos. As mudanças e a falta de atendimento à saúde pública tem colocado em risco a vida de muitos povos indígenas e o convênio indígena (Sesai) vem sendo questionado pelo Ministério da Saúde.
Ocorreu inúmeras mudanças com o atual governo do presidente Jair Bolsonaro, onde foi reorganizado o governo federal e o mesmo transferiu a Funai para o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.  Mas felizmente toda essa luta obteve resultados e foi garantido que a Funai voltará a exercer as funções que antes exerciam.
Contudo, podemos perceber que os Indígenas continuam tendo grandes desafios. Onde muitos tiveram que se conectar com o mundo atual, matriculando os filhos em escolas, se adaptando a tecnologia, mas ainda assim não perderam a sua cultura.



REFERÊNCIAS:


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