Guerra
Comercial entre China e Estados Unidos
Alana Rigaud1
Brenda Severo1
Emanuel Silva1
George Oliveira1
Juliana Santos1
Islaine Santos1
Ellen Camila1
Yuri Oliveira2
Wagner Aragão Teles dos
Santos3
Resumo
O real motivo da guerra entre
China e Estados Unidos é a balança comercial (a entrada e saída de produtos)
mas, vale ressaltar que os Estados Unidos têm importado mais do que exportado,
logo, a América vem sofrendo um déficit. Visto isso, Donald Trump, durante a
sua campanha, propunha o aumento do consumo interno fazendo com que as
indústrias Americanas fossem estimuladas. A intenção era fazer com que os
produtos Chineses ficassem menos procurados por conta do aumento de impostos
para a importação. Diante disso, a China resolve desvalorizar a sua moeda em
relação ao dólar, dessa forma eles voltariam a ficar atrativos.
Palavras-chave: Guerra
Comercial. China. Estados Unidos da América. Comércio.
1 Alunos
do 3° ano A do Ensino Médio da rede pública: Colégio Estadual Professor Edilson
Souto Freire (CEPESF)
2 Professor
de Geografia da rede pública: CEPESF
3 Professor
de História da rede pública: CEPESF
Abstract
The real reason for the war between
China and the United States is the trade balance (the entry and exit of
products) but it is noteworthy that the United States has imported more than
exported, so America has been suffering a deficit. Given this, Donald Trump
during his campaign, proposed to increase domestic consumption by stimulating
American industries. The intention was to make Chinese products less in demand
because of the increase in import taxes. Given this, China decides to devalue
its currency against the dollar, so they would be attractive again.
Keywords: Trade War. China.
United States of America. Trade.
Introdução
Este artigo tem como
fundamento informar, de um modo mais abrangente, um fato histórico atual de
alto impacto mundial, a disputa (ou guerra) comercial entre a China e os EUA.
Ao decorrer deste estudo vários conceitos serão apresentados com o objetivo de
aprofundar os conhecimentos que aqui serão discutidos, utilizando-se de um
cunho técnico-científico (além de se utilizar uma linguagem mais coloquial para
que o leitor se interiorize com a obra) para um ganho de notoriedade e
objetividade no que se refere à informação.
É lícito que para um maior
aprofundamento do tema o leitor que se interessa de fato pelo assunto busque em
outras fontes mais dados sobre o assunto, pois por se tratar de um tema recente
seu discurso (ou seu curso) tomará outros caminhos dos quais, talvez, não se
encontrem neste artigo.
O presente documento está
organizado em tópicos, para que assim o assunto possa ser apresentado de uma
forma específica e concisa.
(Guerra comercial entre China e Estados Unidos)
História da Guerra Comercial (Antecedentes)
Notamos que a relação entre os
EUA e a China não é boa desde os anos de 1980 pra cá. Com o final da primeira
Guerra Mundial esses 2 países brigam fervorosamente pela influência econômica,
política e militar no mundo, e é interessante que em um Momento de decadência
da China os EUA conseguiam se impor como a grande Super Potência Mundial. Porém
os Chineses não se renderam e tentam até hoje correr atrás para tirar esse
"atraso" e se garantirem no topo novamente. Para entendermos essa
História do começo vamos voltar nos séculos 17 e 18 onde a China era o país de
grandes invenções como o papel, a pólvora e a bússola, mas ao chegar o século
19 surgiu um desentendimento nos negócios com a Inglaterra que levou à duas
guerras pelo Ópio (na época era uma droga muito consumida pelos chineses)
entre: 1839-1842 e de 1856-1860, depois desses incidentes o império que
governava na época foi obrigado a assinar tratados comerciais desvantajosos que
envolviam os ingleses, franceses e até americanos. As coisas pioraram quando a
China perdeu uma guerra contra seu vizinho, o Japão, em 1895, humilhados,
tiveram que ceder parte de seu território e permitir a entrada de empresas
inglesas e americanas no seu próprio território, enquanto isso, os EUA deixavam
para trás a Espanha na guerra pelo controle comercial e cultural em Cuba, em
1898, até aí os americanos já eram conhecidos como um país de grande influência,
senão o maior. Após a década de 1940 EUA e URSS despontaram como duas
Superpotências do planeta com o resultado da participação de Washington na
primeira guerra mundial e o esforço da reconstrução da Europa a partir de 1918
e, principalmente, a vitória na Segunda Guerra, além do apoio financeiro para
os europeus depois de 1945. Enquanto isso, na Ásia, a China continuava a sofrer
com Guerras civis, guerras no Oriente entre outros conflitos. Foi só a partir
dos anos 80 que as coisas melhoraram, o PIB do país cresceu cerca de 6% em
média por ano, desde 2010 é a segunda maior do mundo e desde 2009 é a que mais
envia turistas para outros países no planeta, ou seja, sistema de viagens funcionando
perfeitamente. E segundo o Fundo monetário Internacional (FMI) estima que em
2030 a China irá ultrapassar os EUA e assumir o posto de maior economia do
mundo. Ainda assim não podemos considerar os Chineses uma superpotência, porquê
sua influência diplomática e cultural fora da Ásia é relativamente pequena e,
nem se compara com a americana. Para se ter uma noção no quesito de
investimento na força militar, os EUA sustentam 800 bases em 70 países
diferentes e se dispõe de orçamento de US$598 bilhões para as forças armadas
contra US$ 176 bilhões dos chineses. Mas há atualmente um crescimento econômico
chinês dentro do próprio EUA, prova disso é nos déficits comerciais dos
americanos em relação aos chineses, dos quais alcança os US$ 334 bilhões em
2018, o equivalente a 1,9% do Produto Interno Bruto dos Estados Unidos. Sabemos
que os Estados Unidos têm a primeira maior economia do mundo e em segundo lugar
vem a China. Mas segundo os pesquisadores, a China iria passar na frente dos
EUA, por causa da mão de obra barata e do baixo custo dos produtos chineses,
além do fato de que os EUA compravam muitos produtos tecnológicos da China.
Uma visão geral sobre a Guerra Comercial
Quando Donald Trump assume a
presidência dos Estados Unidos da América ele já estava atacando a China nas
campanhas, ele dizia que “o desemprego nas indústrias norte-americanas era
culpa da China". Em março de 2018, Donald Trump, afirma que irá aumentar
as tarifas para os produtos chineses em cerca de US$ 50 bilhões em aumento de
impostos, com isso, os produtos chineses que antes eram mais baratos e mais
acessíveis, agora se tornará mais caro e menos acessível, consequentemente, os
produtos americanos que antes eram mais caros agora se torna mais consumível
pelos próprios consumidores americanos. O presidente dos Estados Unidos
aumentou de 10% para 25% as tarifas de 5 mil produtos Chineses. Durante a
reunião do G20 que aconteceu na Argentina, Trump e o presidente da China
chegaram a um acordo para acabar com as tarifas, mas esse acordo só durou 90
dias, além disso, Trump ainda deixou claro no Twitter que, “a China não estaria
negociando com boa fé", mesmo negociando e conversando por diversas vezes.
Ao olhar para trás, mais precisamente no ano de 1978, ocorre a reforma Deng
Xiaoping onde vários fatores serão analisados e melhorados, como o PIB,
infraestrutura, educação entre outros. Como resultado dessa reforma o país cresce e acaba expandindo seu poder
industrial e como sua demografia é altíssima a mão de obra se torna saturada e
consequentemente barata, ao final disso várias empresas se instalam no país e
surge então o fenômeno ‘Made in China’, os produtos fabricados pela China tinha
a grande característica de ser barato mas, não de boa qualidade, o que acabou
facilitando os outros mega produtores, como os EUA, por conta da crença da
China não poder atingir o nível de produção ideal dos países que produziam com
qualidade. Mas com o passar do tempo a china decidiu investir em
desenvolvimento da qualidade e começou a se modernizar tecnologicamente, o que
acabou tirando o sossego das grandes potências, principalmente os EUA, como um
grande exemplo disso foi o que aconteceu em 2018, ao analisar o lucro de
exportações dos EUA para a china foi de US$ 120 bilhões, enquanto que a china
lucrou com cerca de US$ 539 bilhões adquirindo um superávit de cerca de US$ 419
bilhões. Como resultado dessa desigualdade de lucros, o presidente americano surge
com a proposta do ‘America First’, que seria uma proposta de proteger o emprego
dos trabalhadores americanos de classe média, criar barreiras de entrada de
emigrantes, tornar os produtos americanos mais valorizados, além de utilizar o
protecionismo comercial, visando tomar medidas para privilegiar a economia
interna em relação a externa, só que o protecionismo se opõe ao livre-comércio
entre os países, dificultando assim as relações de comércio internacional, só
para destacar um ponto chave, é necessário lembrar que tais medidas contra a
china se refletiu no comércio mundial inteiro. Após os EUA aumentar as tarifas
para os produtos chineses, a China também deu o troco, aumentando as tarifas
para os produtos americanos. Após esta decisão da China, os EUA foram contra
uma grande empresa chinesa, com o objetivo de enfraquece-la e assim diminuir os
lucros para a China, tal empresa é a Huawei, inicialmente pequena mas, que
ultimamente tem se ganhado destaque com a nova tecnologia desenvolvida pelo seu
próprio chip, a internet 5G, com isso ela ultrapassou todos os outros sistemas
móveis que utilizam o 4G e em contrapartida lutou na concorrência entre a
Samsung e a Apple, utilizando suas especificações de qualidade como item
principal para vencer a concorrência e como oposição, a poderosa empresa
Google, influenciada pelo então presidente americano, rompe a relação que tinha
com a Huawei, retirando seu sistema operacional, Android, que em resumo é o
mais utilizado mundialmente juntamente com o IOS da Apple, a principal denúncia
dos EUA é que a china está tomando medidas errôneas, como espionagem e
deslealdade no comércio.
(Presidente
da China e dos Estados Unidos)
A Huawei já tomou medidas
preventivas desde janeiro de 2018, no início da disputa comercial, temendo uma
decisão como essa, a empresa já estava preparando seu próprio sistema
operacional como prevenção a esta situação. Um ponto a ser citado é que como a
tecnologia 5G é quase 100x (cem vezes) mais rápida do que a 4G, o que pode-se
temer agora é o uso dessa altíssima velocidade de dados poder quebrar todas as
barreiras de proteção do mundo e, consequentemente, a China poder analisar
dados confidenciais através desta tecnologia, o que remete a indicar que agora
não se trata, exclusivamente, de uma guerra comercial mas também tecnológica,
pois no mundo atual, quem tem domínio tecnológico tem também grandes vantagens
perante os outros e, nesse cenário atual a China está disputando este poder com
os EUA. Um grande aliado dessa nova tecnologia chinesa é a Rússia, pois agora
ela quer utilizar tal sistema de dados (5G) como forma de expansão e avaliação
desta nova tecnologia.
Influência da OMC na Guerra
Comercial
Os Estados Unidos têm umas das
maiores economias do mundo, seu Produto Interno Bruto Nominal é estimado em
mais de US$17,7 trilhões em 2016, sendo assim, a China é a segunda maior com
cerca de US$ 10,35 trilhões em 2016. Sua economia é a mais desenvolvida do
mundo. Tem acesso a milhares de recursos naturais, tem alta produção e uma
ótima educação. A economia norte-americana mantém um alto nível de produção,
historicamente, ela mantém a taxa de crescimento do PIB estável, ou seja, uma
baixa taxa de desemprego entre outras coisas. A economia estadunidense se
mantém em recuperação, mas seus índices de crescimento e produtividade já
superam o período pré-crise. O mercado de trabalho norte-americano tem uma das
taxas mais altas do mundo de migrações. Os Estados Unidos permanecem em quinto
lugar em Competitividade Global do Fórum Econômico Mundial. Possuindo assim o
maior mercado financeiro do mundo, sendo a sede de grandes e principais bolsas
de valores e commodities como NASDAQ, NYSE, AMEX e CME. Após a entrada da China
na OMC (organização mundial do comercio), essa organização passou a ter influência
direta na Guerra Comercial, fazendo com que a China passasse do novo lugar no
ranking mundial para o segundo, ficando logo atrás dos Estados Unidos. Isso
mostra o grande avanço da China em tão pouco tempo, causando uma insatisfação e
fazendo com que o presidente tome medidas para reverter a situação. Além disso,
Trump declara que a China não está se comportando do modo correto no que se
refere às normas do comércio. A China apresentou uma queixa formal contra os
Estados Unidos perante a Organização Mundial do Comércio (OMC) por causa das
sanções norte-americanas a seus produtos, como parte da Guerra Comercial
travada atualmente entre as duas maiores economias do planeta. A decisão, mais
significativa simbolicamente que por seus efeitos jurídicos, foi anunciada pelo
Ministério de Comércio chinês. A denúncia ocorreu logo depois da entrada em
vigor, no domingo, das novas tarifas dos EUA que sobretaxam em 15% as
importações chinesas num valor de aproximadamente 460 milhões de reais.
(Símbolo
da OMC)
A influência do Brasil na Guerra Comercial
O Brasil tem encontrado
vantagens (no que diz respeito às exportações) em pleno cenário de Guerra Comercial
entre China e EUA. O Brasil atualmente é o terceiro maior em comércio
agropecuário no mundo, com tantas discórdias entre as exportações e importações
dos dois maiores do mundo, China e EUA, o Brasil vem aumentando (mesmo que com
alguns obstáculos) seus saldos, em princípio, com exportações de soja para a
China, já que o mesmo vem reduzindo suas importações dos EUA. O Brasil tem
exportado cerca de 1/3 (um terço) de sua produção de soja para a China, gerando
cerca de US$ 31,6 bilhões em montante para o mercado brasileiro. Pois é agora
que precisamos abordar as perdas comerciais do Brasil, como a China não pode
importar mais dos EUA por conta das altas tarifas, o Brasil se torna um grande
aliado nas exportações de soja para a China, só que, alguns fatores vêm
influenciando na diminuição no estoque do mesmo, o clima não está favorável
nesta época (agosto de 2019) e, consequentemente, a safra só será reposta na
próxima fase de cultivo (setembro de 2019), o que leva a China a encontrar
novas soluções para este problema, só para lembrar, a China é responsável por
mais de 1 bilhão dos 7 bilhões de pessoas no mundo, o que a torna uma nação
super consumista. Uma alternativa para importação de soja seria a Argentina,
mas como o país se encontra deficiente econômica e politicamente, os
agricultores estão estocando seus recursos como uma forma de Protecionismo
agrícola. A demanda por soja por parte da China é tão saturada que, para se ter
uma ideia, durante os meses de outubro a dezembro nos três últimos anos (2017,
2018 e 2019), foram importados cerca de 7 milhões de toneladas de soja do
Brasil para a China. É claro que durante esta Disputa Comercial entre China e
EUA o Brasil vem levando vantagens em cima dos EUA, em relação à exportação de
soja, mas algo que também deve ser levado em consideração são os prós e contras
entre os três países (Brasil, China e EUA), uma vez que, a criação de suínos
nos EUA tem levado desvantagens graças a peste suína africana que assola o
país, com isso o volume de soja é usado para a alimentação dos porcos, só que,
o mercado se encontra desfavorável e precisa importar carne da China, o que, de
início, gera um déficit para os americanos e um aumento para os exportadores
chineses, neste cenário o Brasil aumenta sua produção de carne para exportação e
acaba, também por diminuir seu volume de soja. Com todos esses ganhos e perdas
simultâneos, o volume de soja para a China ainda continua precária por parte do
Brasil, o que influencia na importação da Argentina, sabendo que a mesma já
teve perdas com a seca, mas vem ganhando ganhos em sua produção. A Argentina
está vivendo uma crise grave e, só para ter uma ideia, até o ano de 2022, o
país está em alerta de crise alimentar, o que justifica o Protecionismo por
parte dos agricultores argentinos, que visam tanto lucrar com as demandas
internas quanto com as insuficiências de alimentação durante este período de
grande volatilidade política e administrativa.
(Bandeira
da China, Estados Unidos e Brasil, respectivamente.)
Protecionismo Comercial
O que é?
São
medidas tomadas pelo Estado de uma nação com o objetivo de favorecer o
engrandecimento econômico nacional, tomando medidas como: o aumento das
exportações e a diminuição de importações e desfavorecendo as empresas
estrangeiras instaladas no país.
·
Principais Medidas Protecionistas:
Ø Aumento
de tarifas (tabela de preços alfandegários), prejudicando produtos
estrangeiros;
Ø Auxílio
econômico às indústrias nacionais, aumentando assim o desenvolvimento do
comércio interno;
Ø Fixação
de cotas (porção específica de algo) para o mercado estrangeiro, dificultando o
desenvolvimento do mesmo.
Nota:
o Protecionismo é fiscalizado pela OMC (Organização Mundial do Comércio), da
qual regula as medidas tomadas no ramo comercial, liberando assim o comércio internacional.
· Consequências do Protecionismo:
É
lícito observar que o Protecionismo beneficia empresas com relações políticas
com o governo vigente e, consequentemente desfavorece aos consumidores (além da
própria empresa) dos produtos ou serviços das outras empresas não vinculadas ao
governo, por ter que pagar um preço alto para se ter o acesso ao produto final.
De outro lado, o Protecionismo também pode acomodar as empresas protegidas,
pois elas, de certo modo, irão desconsiderar novos investimentos, por estarem
saindo no lucro em relação às outras.
· O Protecionismo no Brasil:
Em
2018, um estudo revelou que o Brasil é o segundo país mais fechado para o
comércio internacional, correspondendo a apenas 1,2% das transações mundiais,
como o Protecionismo dificulta o surgimento de novas empresas no país também
acaba aumentando o desemprego e consequentemente o número de pessoas pobres,
das quais, em 2018, o Banco Mundial analisou que cerca de 6 milhões de pessoas
vivem na margem da pobreza no Brasil.
Exemplos
de governos Protecionistas: Getúlio Vargas, Ditadura Militar, Governo João
Figueiredo e Governo Dilma Rousseff.
·
Protecionismo nos EUA:
Uma
corrente muito forte nos EUA foi o “sistema americano” do partido Whig, durante
a década de 1940, do qual defendia medidas contrárias ao livre comércio.
Em
1930, o senador Reed Smoot aumentou as tarifas de diversos produtos, gerando
cerca de 65% de recuo no que se refere às trocas comerciais internacionais. Economistas
indicam que a Grande Depressão foi retardada, no que tange à recuperação, pelo
uso do Protecionismo, outro fator também é perceptível no avanço tecnológico da
América Latina, pelo alto índice de medidas Protecionistas.
· Teorias e visões do Protecionismo:
No ano
de 1841, o economista alemão Friedrich List criticava as ideias de Adam Smith
sobre o Liberalismo (teoria da qual enfatiza o livre-comércio) e percebia o
Protecionismo como único e melhor caminho para o desenvolvimento capitalista de
um país, sendo que naquela época a maior potência capitalista era a Inglaterra
e, para um país em desenvolvimento poder manter um comércio harmonioso, deveria
usar de medidas Protecionistas para o seu próprio crescimento e desenvolvimento
e, conseguir se igualar ao sistema capitalista inglês. Durante o final dos
séculos XIX e XX o que predominava era o monopólio financeiro e,
consequentemente o poder dos bancos e das grandes empresas, com isso, o
Protecionismo Comercial passou de uma ferramenta de desenvolvimento (já alcançado
por alguns grandes capitalistas), para uma ferramenta de proteção das grandes
empresas que se tornavam multinacionais. Para Rudolf Hilferding, autor marxista
do capital financeiro e do imperialismo, “o Protecionismo supõe no respectivo
país um lucro extra e torna-se razão para levar para lá, ao invés da
mercadoria, a produção de mercadorias”, uma vez que, neste período o monopólio
financeiro significava (e significa) a expansão como meio de obter lucros, com
isso, os países menos industrializados recebiam essas empresas e, em
consequência a mão de obra era sustentada pelo país “invadido” pela empresa, sendo que a maior parte do
lucro era direcionado à empresa e não aos empregados, facilitando o
imperialismo da mesma, uma vez que os trabalhadores mal têm condições de obter
os produtos que fabricam. O economista sul-coreano, Ha-Joon Chang defende o
Protecionismo para o crescimento de um país em desenvolvimento para que
posteriormente o mesmo seja capaz de aceitar o livre-comércio e esteja apto
para competir no cenário político-econômico.
Conclusão
Pelo que foi estudado
concluímos que não se trata somente de uma Guerra Comercial, mas também tecnológica,
a medida em que a China cresce assusta os mercados dos EUA. Este conflito já
durou mais de um ano, e a proximidade das eleições presidenciais
norte-americanas leva a crer que continuará vivo pelo menos até 2021. Apesar de
tudo, o diálogo continua, e as equipes negociadoras de ambos os países
retomarão as conversações em Washington durante as próximas semanas, meses e
até anos.
Referências
exame.abril.com.br/blog/fernanda-consorte/brasil-na-guerra-comercial-a-historia-do-rouba
monte/
exame.abril.com.br/economia/em-meio-a-guerra-comercial-eua-china-brasil-nao-segura-apetite-chines/
dw.com/pt-br/na-disputa-entre-china-e-eua-deve-sobrar-para-o-brasil/a-50859379
pt.wikipedia.org/wiki/Protecionismo
youtube.com/watch?v=FAsEV-N8cNU&t=634s
Vídeo:
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